novembro 05, 2007

A Possibilidade.



Vou ser sincera... primeiramente pensei em analisar o centro por algo clichê e que englobasse todo centro (como agora), e me basearia no lixo. Não há nada mais cotidiano que o lixo na rua. Mas não tinha como analisar, porque não é beltrano ou sicrano que joga lixo no chão; impressionantemente é geral (ou quase) e é um absurdo! E não é, se jeito nenhum, por uma pessoa não estudar, ou por não ter oportunidades que joga no chão, vê-se muitíssimos estudantes de gestão ambiental jogando tudo que é coisa na rua. "Vamo pará com isso!" então, fui me voltando apenas pela generalização das coisas, dessas dependentes e interligadas.
Onde pudesse depender. Onde tudo depende. Depende do intuito de cada um, depende da educação de cada um, depende do afã de cada um.
A "nadificação" da curiosidade. Onde tudo que anseia, recua.

O Desabamento.


Como se toda convicção estivesse pronta para esmorecer. Uma parede cuja parte mais alta já estivesse para cair. Como se nada fosse absolutamente certo nem errado. Como se não houvesse a necessidade de teto para proteção, como se teto não fosse a proteção, como se a chuva ou o sol não fossem impecílio. Como se a vida fosse, e é... relativamente surpreendente.

A Revolta.



Depois de muito tempo o centro e eu nos reconciliamos! E parando pra pensar, minha análise não se baseia em dados estatísticos, soluções à nível de qualidade de vida, ou planejamento urbanístico. Talvez esse meu trabalho tenha sido completamente artístico, inclusive hipotético; já que a "escolha" é parte fundamental do mesmo.
numa esquina de gde movimento
uma coisa parada, imóvel, congelante
grande, chamativa, relfexiva
não serve pra se esconder da chuva nem do sol
não tem função estabelecida
tudo depende, tudo relata, tudo convém.

Como eu estava muito confusa em relação à resposta da população ao meu trabalho, me revoltei! rs
Na última aula, até me encuquei com isso, e foi muito bom.
Sabe... é difícil, muito difícil causar uma reflexão enquanto mundo nas pessoas, e eu acho que mais forte que a busca de um conceito em todo trabalho, é essa minha busca de sempre pela reflexão dos outros.
Tanta gente assiste filme e só entende que eles viveram felizes para sempre, tanta gente vê injustiça e só fica se lamentando, tanta gente reclama da vida e não vive, etc. Tudo, tudo, tudo no mundo; desde Karl Marx à informação nutricional de um pacote de Amanditas (hmmm), determina um pensamento. Não falo em quantidade de calorias do negócio mas a relação disso com o mundo e do mundo com tudo. Eu também não sou hipócrita nem a rainha da cocada preta, porque humana sou e essa é a beleza e a busca por tudo. Mas pelo amor do senhor da bactéria!!! Descobri que não tem como impor o conceito disso ou aquilo porque ainda vai ter muita gente dizendo:- pra quê isso? A casa do meu patrão é muito mais bonita... Na verdade, eu acho que ando buscando mais praticidade ou drasticidade (como querendo embutir certa filosofia na arquitetura) do que, simplesmente beleza; que com certeza, é bem mais fácil de construir, aceitar, notar... mas não pensar!
A revolta trata-se talvez, ou certamente, de egoísmo meu.
É por isso que o processo de criação, finalmente fluiu.